Fluminense tem um Papa como padroeiro? Entenda essa história de fé, tradição e “milagres” tricolores.

A relação entre o Fluminense e o Papa João Paulo II vai além da religiosidade, é uma conexão marcada por momentos emblemáticos e conquistas inesquecíveis. A música “A bênção, João de Deus. Nosso povo te abraça…” virou um verdadeiro mantra nas arquibancadas tricolores. Ela surgiu em 1980, durante a visita do Papa João Paulo II ao Brasil. Dias depois, em uma final do primeiro turno do Carioca, o Fluminense empatou com o Vasco no tempo normal e venceu nos pênaltis por 4 a 1. Naquele ano, o time ainda levantou a taça do Campeonato Estadual, e a canção ganhou força entre os torcedores, sendo entoada sempre que o clube precisava de força ou gratidão. Em 2005, um novo capítulo dessa devoção. Na véspera de um clássico decisivo contra o Flamengo, pela final da Taça Rio, o pontífice faleceu. Homenagens tomaram conta do Maracanã. O resultado? Uma goleada por 4 a 1 sobre o maior rival e, pouco depois, o título estadual diante do Volta Redonda. Cinco anos depois, em 2010, a fé virou oficial. João Paulo II foi proclamado padroeiro do Fluminense em uma cerimônia especial no Salão Nobre das Laranjeiras. Faltando apenas dois jogos para o fim do Brasileirão, o clube venceu o Palmeiras e o Guarani e conquistou o tão sonhado título nacional. Coincidência ou bênção divina? Para os tricolores, a resposta está no coração.

A religiosidade no futebol brasileiro: entre tradições e preconceitos

No Brasil, rodas de fechamento, promessas de torcedores e até superstições estão presentes em absolutamente todos os jogos. Não que a religiosidade no futebol seja algo exclusivo nosso, mas aqui existe um tom a mais, talvez causado pelo reflexo de nossa sociedade. Existe um ditado popular que diz o seguinte: “futebol, política e religião não se discutem”. Entretanto, está evidente que a PressFut não segue essa balela, senão, nem existiria. Agora, relacionaremos o futebol no campo religioso. Contudo, a ideia é comentar rapidamente sobre tradições no futebol, e aí sim, questionar algumas atitudes, ainda que não entrando de vez em debates. O cidadão brasileiro de modo geral vive diversas dificuldades em sua vida. Com isso, a fé é uma ferramenta que conforta e gera esperança para muita gente. De fato, grande parte desse público são de pessoas e locais mais humildes, onde normalmente surgem os jogadores do futebol brasileiro. Assim, eles levam a palavra de suas crenças para as entrevistas durante e pós-jogo. Antes da paralisação do futebol por conta do novo coronavírus, um acontecimento chamou atenção no dérbi entre Ponte Preta e Guarani pelo campeonato paulista. O atacante Roger, que no intervalo saiu de campo glorificando Jesus pelo bom resultado até aquele momento, ao perder o jogo, se descontrolou e arrumou uma confusão generalizada com o adversário.

Freira corredora usa o esporte para transmitir mensagens religiosas

O traje incomum para a corrida já indica que a Mary Agnus Dei é uma atleta atípica. O contraste entre o hábito, conjunto utilizado por freiras, o capuz que protege sua cabeça e o par de tênis da Nike em seus pés despertam olhares e reações distintas enquanto ela corre em Seattle, nos Estados Unidos. Agnus Dei, batizada como Kelli Lopez, é uma freira corredora de 33 anos, que gosta de atacar o asfalto quando não está envolvida em suas obrigações religiosas. Agnus Dei se diz acostumada a ser encarada com certa curiosidade enquanto corre pelas ruas de Seattle. Para ela, a vestimenta de freira não atrapalha suas passadas. “Eu acho que meu desempenho provavelmente mudaria se eu usasse algo diferente de um hábito. Mas é um sinal de humildade [na religião] que eu use isso. Algumas pessoas [me veem correndo] dizem: ‘Nossa, que fofo’ ou ‘Sério?’. Não vejo isso como uma limitação para correr”, contou a freira corredora, em entrevista à Runner’s World americana. Depois de fazer seus votos em uma comunidade religiosa no Novo México, ela passou por uma missão em Belize antes de chegar a Seattle, onde a corrida entrou definitivamente em sua vida. Agnus Dei começou a rodar pela cidade a pé e, ao pegar gosto pela nova descoberta, decidiu aumentar a quilometragem, chegando a correr cinco ou seis vezes na semana e percorrendo mais de 50 km no total. Nos treinos, encontrou uma maneira de transmitir mensagens católicas. Enquanto corre, faz uma reza com quem encontra pelo caminho. “Essa é a beleza de correr e explorar a cidade. Você encontra pessoas e pode rezar por elas. Você pode ver as dificuldades estampadas no rosto das pessoas e dizer: ‘Senhor, ajude-os’”, explicou. Autorizada a participar de provas de corrida de rua, Agnus Dei disputou em 2016 a Meia-maratona de Seattle, concluindo os 21 km em 2h12min58s. A falta de tempo, no entanto, leva a freira a correr apenas em esteiras nos últimos tempos. Em agosto, ela foi transferida para uma paróquia em Detroit. Com o tempo escasso, ainda não pôde explorar a nova cidade como fez em Seattle – o que não é motivo de insatisfação, garante ela. “Servir é a minha prioridade”.

CARLOS ACELOTTI VISITA CRISTO REDENTOR E RECEBE BENÇÃO

O técnico da seleção brasileira de futebol, Carlo Ancelotti, visitou o Santuário do Cristo Redentor na manhã deste sábado (31). Ele foi recebido pelo reitor, Padre Omar Raposo, que o abençoou e presenteou com um terço. Ancelotti, que é italiano, já havia dito que um de seus desejos no Brasil era conhecer o monumento. “Assistindo à primeira coletiva dele, vi que expressou o desejo de conhecer o Cristo Redentor. Logo então fizemos contato com a CBF para que estivesse no Santuário. Três dias depois ele já veio. Isso faz a gente ter a certeza de que dias melhores virão para a nossa Seleção Brasileira”, afirmou padre Omar. O sacerdote afirmou que o técnico prometeu voltar acompanhado de toda a família. Ancelotti estava acompanhado do coordenador executivo geral de Seleções Masculinas, Rodrigo Caetano, de seus auxiliares técnicos, Paul Clement e Francesco Mauri, e do analista de desempenho Simone Montanaro. Carlo Ancelotti foi apresentado como técnico da seleção brasileira de futebol no começo da semana e apresentou a primeira lista de convocados para os próximos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.

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